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Detento é morto por estrangulamento na Penitenciária de Tupi Paulista

Segundo a polícia, presos alegaram que homem teria matado a própria mãe.
Detento dividia a cela com mais 33 homens, na Penitenciária de Tupi Paulista (Foto: Claudinei Troiano/TV Fronteira)


Um detento de 22 anos foi assassinado na madrugada desta terça-feira (31), na Penitenciária de Tupi Paulista. De acordo com a Polícia Civil, ele foi estrangulado por companheiros de cela, que utilizaram uma corda e uma toalha para praticar o crime. Foi a terceira morte registrada na unidade prisional neste mês.

Conforme o delegado Aderson Moisés Vieira, os agentes ficaram sabendo do homicídio no momento da contagem dos presos. “Na contagem, eles foram avisados de que um estava morto. Então, os presos arrastaram o corpo do banheiro e o entregaram. Naquele momento, um detento assumiu a autoria do crime”, explicou ao G1.

Ainda segundo o delegado, o preso que disse ter matado o rapaz acabou entregando outras pessoas. “Ainda estamos ouvindo os envolvidos e, por enquanto, cinco pessoas podem estar relacionadas à morte. A maioria diz que estava dormindo, mas vamos ouvir todos os presos que estavam na cela”, afirmou Vieira.

Na cela, havia um total de 34 detentos e os envolvidos alegaram que mataram o companheiro devido ao suposto envolvimento dele na morte de familiares. “Eles dizem que a motivação do crime foi a de que a vítima matou a própria mãe e um irmão ou uma irmã. Ele realmente cumpria pena por homicídio na penitenciária. Mas vamos ouvir a todos para verificar a real participação de cada um”, salientou o delegado ao G1.

Estado
Em nota ao G1, a Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo (SAP) informou que, por volta das 6h, durante o procedimento de contagem da Penitenciária de Tupi Paulista, o preso não se apresentou ao servidor responsável pela conferência. Outro sentenciado declarou tê-lo matado utilizando uma toalha molhada para enforcá-lo. Segundo a SAP, o preso alegou ter descoberto que o companheiro teria assassinado sua mãe e a filha do seu padrasto, bem como tentado matar sua irmã, de dois anos.

A pasta estadual ressaltou ao G1 que a vítima encontrava-se na unidade penal desde 11 de junho de 2015 e jamais se queixou de eventual desentendimento e risco de agressão ou morte.

Foi acionada a Polícia Civil e será realizado exame necroscópico no Instituto Médico Legal (IML), em Dracena, para atestar a causa da morte. De acordo com a SAP, será instaurado Procedimento de Apuração Preliminar e Disciplinar, bem como expediente para a inclusão do autor em Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), por até 360 dias.

Após ouvir o autor e os outros presos que habitavam a cela, os mesmos serão removidos, preventivamente, para a Penitenciária 1 de Presidente Venceslau, segundo a SAP.

Apesar do crime, a Penitenciária de Tupi Paulista opera normalmente nesta terça-feira (31), segundo a SAP, dentro dos padrões de segurança e disciplina da pasta.

A Assistência Social da unidade está tentando contato com os familiares da vítima do homicídio para avisá-los do falecimento, concluiu a nota encaminhada ao G1.
No dia 12 deste mês, dois detentos também foram mortos no local, e um deles foi degolado. O motivo dado pelos autores era de que as vítimas eram "caguetas", ou seja, supostam.

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