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Alckmin quer mais interrogatório de preso por vídeo para reduzir escoltas

Nova resolução obriga policiais a ficar nos fóruns e gera críticas de classes. Governador diz que discutirá com secretário de segurança a questão.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou nesta segunda-feira (17) que irá fazer uma reunião com o secretário de Segurança, Mágino Alves, para discutir uma resolução da pasta que obriga policiais civis e policiais militares a permanecerem dentro dos fóruns no interior do Estado durante audiências de custódia - um projeto do Tribunal de Justiça que determina que os presos serão levados a um juiz até 24 horas após a prisão para ser decidido se continuam ou não presos.

Alckmin visitou Hospital Pérola Bayton (Foto: Tahiane Stochero/G1)
A decisão de Alves gerou críticas de entidades que representam policiais civis e militares, que entenderam que a medida irá tirar mais PMs das ruas e policiais civis das investigações. 

Um policial civil deverá ficar com o preso no fórum. Já a tarefa de custódia durante as audiências caberá à PM, que também deverá levar o detento ao presídio, após o interrogatório, caso não haja agentes de escolta da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) para a tarefa.

Porém, os agentes de escolta da SAP atuam autalmente apenas na Capital e Região Metropolitana. Segundo Alckmin, uma reunião com Mágino Alves irá avaliar medidas alternativas à mudança. Para o governador, o Tribunal de Justiça deverá ampliar o sistema de videoconferência, reduzindo, assim, o número de PMs empregados nos deslocamentos.

"Nós estamos marcando uma reunião com o doutor Mágino (Alves) sobre isso. O ideal, e a gente tem insistido nisso, é que o máximo que a gente possa ter a videoconferência, o máximo que a gente puder, e evitar este deslocamento de presos que sempre acaba tendo necessidade de escolta", afirmou Alckmin.

"A SAP criou também o agente de vigilância e o agente de escolta. Nós tínhamos no passado 4 mil PMs nas muralhas, hoje não tem mais nenhum, só agente de vigilância. Liberamos 4 mil policiais que faziam a muralha. Na época, todo mundo falou: "ah, vai fugir preso, vai ter problema'. Pelo contrário, até caiu o número de fugas", afirmou Alckmin.

"Aí passamos a ter a escolta. Precisamos dimunir o número de escoltas e fazer o máximo de videoconferência, e temos conversando com o poder Judiciário. E foi criado o agente de escolta e vigilância, para a gente ir liberando cada vez mais os policiais. Hoje, eles já atuam em toda a região metropolitana, o interior é que não tem. Vamos ter uma reunião para discutir só sobre isso', disse o governador.

Alckmin falou com a imprensa após uma visita ao Hospital Pérola Bayton, que atende mulheres na capital. Ele conversou com detentos que participam de um programa chamado Via Rápida, em que os presos do regime semiaberto aprendem a realizar pequenas tarefas, como pintura, e prestam serviços em prédios públicos.

Conforme Alckmin, 5.745 reeducandos já fizeram o curso. A cada 3 dias de trabalho, eles conseguem diminuir um dia da pena.

"Já realizamos pintura e pequenos reparos em 42 escolas do estado, 71 unidade prisionais, 7 escolas técnicas, e 4 hospitais. A gente vê o capricho dos nosso reeducandos: aprendem uma profissão e melhoram nossos prédios publicos para a população", disse ele.

Segundo o governador, a Santa Casa, que enfrenta problemas devido a dívidas, está renegociando as dívidas com a Caixa Econômica Federal. "Eu tenho certeza que ela vai acabar superando [o problema]", afirmou.

Alckmin conversou com pacientes e profissionais do hospital e também tomou café em um restaurante próximo, acompanhado dos secretários de Saúde, David Uip, e da Administração Penitenciária, Lourival Gomes, além de assessores e integrantes do seu partido, o PSDB. FONTE: http://g1.globo.com/sao-paulo

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