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Presos envolvidos em mortes em penitenciária de SP irão para RDD, diz Alckmin

Dois presos foram mortos na Penitenciária de Tupi Paulista na noite desta quinta. Estado apura se mortes têm relação com briga entre facções.

Alckmin em evento no Palácio dos Bandeirantes (Foto: Tatiana Santiago/G1)
O Governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que a Secretaria de Administração Penitenciária está apurando se a morte de dois presos na Penitenciária de Tupi Paulista, no interior de São Paulo, na noite desta quinta-feira (12) foi provocada pela briga pela disputa de poder entre facções criminosas.

"Eu conversei com o secretário Lourival Gomes, ele vai apurar, mas acha que não, não há nenhuma relação [com brigas de facções]. E já solicitou imediatamente ao Judiciário o Regime Disciplinar Diferenciado [RDD]", afirmou. Esse foi o primeiro caso de homicídio registrado nas prisões do estado de São Paulo após os massacres do Norte do país.

"Os envolvidos nessas duas mortes serão todos colocados em Regime Disciplinar Diferenciado, tem que aguardar a decisão judicial", disse.

Indagado novamente se a guerra das facções não tem relação com os crimes, ele voltou a dizer que é preciso investigar.

"Sempre é preciso investigar a razão, vamos aguardar a investigação, mas a primeira análise do secretário é que não tem nada a ver com a questão de facção criminosa", declarou.

Segundo o delegado seccional da Polícia Civil de Tupi Paulista, equipes se deslocaram até a penitenciária para apurar as circunstâncias das mortes e os autores. Um dos detentos foi degolado. Para o delegado, as mortes não têm relação com facções criminosas, mas tudo será investigado.

“Sabemos que são dois mortos. Aparentemente, eles morreram por serem considerados 'caguetas' pelos outros detentos, que é quando alguém passa informações ou 'dedura' os outros. Porém, o caso é investigado para analisar se foi realmente isso que ocorreu ou se há outros motivos envolvidos”, disse.

Segundo informações da Polícia Civil, o crime ocorreu entre as 20h e 21h desta quinta-feira (12), em uma cela onde estavam 34 presos, além das duas vítimas. Em depoimentos prestados à polícia nesta sexta-feira (13), quatro detentos confessaram o envolvimento no crime e negaram ser participantes de facções criminosas.

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